Você acorda no meio da noite com ideias incríveis. Dirige o carro para o trabalho que é sua vida e tem mais um insight. Desde que largou antigos modelos de trabalho e resolveu empreender, a rotina se transformou em um eterno aprendizado e em uma infinita prática: a da inovação. Ter a mente inovadora exige criatividade e, acima de tudo, disponibilidade. Muitas vezes o pensamento fica perdido entre ideias sensacionais. Mas a pergunta bate à porta: como tornar real a sua Startup? Já pensou se você tivesse um guia com as principais questões que deve avaliar para começar?

A abertura e gestão de Startup tem algumas semelhanças em relação a de outras empresas. Mas a inovação e a tecnologia fazem a diferença nesse contexto. Além de manter esses dois pilares inabaláveis, quem cria um empreendimento com tais qualidades deseja crescer até chegar ao topo dos negócios, desfilando ações nas bolsas de valores mundo afora. Mas o caminho até lá pode ser um pouco mais “burocrático” e cheio de obstáculos, como o de definir o modelo de negócio, destacando-se a importância de colocar em prática a melhor estratégia de gestão fiscal.

Veja três pontos que servem de guia para a abertura e gestão de Startup, que dependem do conhecimento de regras básicas de gestão fiscal.

#1 O primeiro passo: modelo de negócio da Startup

A escolha do modelo de negócio é o primeiro passo para a abertura e gestão de Startup. Pode parecer que todo o sistema fiscal fala grego, mas na verdade, existem profissionais preparados para enfrentar essa diferença que existe entre o mundo das ideias e o dos papéis.

Você pode não ter possibilidade de contratar, em um primeiro momento, uma equipe financeira completa, que conte também com profissionais especializados em contabilidade. Mas são esses especialistas que poderão tornar a sua Startup mais atrativa para investimentos na escolha do modelo de negócio adequado. São quatro pontos envolvidos no desenvolvimento de um bom plano para a sua empresa:

1.1- Escolha da forma societária: aqui, menos é mais. Os investidores não arriscam montantes de dinheiro em empresas com muitos sócios como gestores da operação. Para eles, representa risco, já que o número de retiradas aumenta — assim como as complicações administrativas, que podem gerar um cabo de guerra. Conforme a Nova Lei do Investimento-Anjo (155/16) nem todos que investem dinheiro na Startup devem entrar para a sociedade.

 1.2- Definição da formação da receita: o que vai gerar lucro para a Startup? Qual é o carro chefe? Se for produto, sua empresa terá o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) arrecadado. Para serviços, o recolhimento é feito por meio do ISS (Imposto Sobre Serviços). Além disso, essas empresas inovadoras colocam produtos inéditos no mercado. O que, por si só, já é outro risco que pode ser mitigado por um bom planejamento financeiro. 

1.3- Projeção do volume de receita e do crescimento: se o produto é bem aceito, vai vender como água. Certo? Mas isso não é suficiente para estabelecer um bom modelo de negócio. Quanto a Startup pretende gerar de receita? Essa é a resposta que os investidores querem ver precisamente traçada. 

1.4-  Identificação do melhor regime tributário: aqui está o pulo do gato. O regime tributário pode representar uma baita vantagem. Mas depende da definição de todos os outros fatores listados acima. Contribuir pelo Simples Nacional, pode ser uma boa ideia, a princípio. Mas não há nada melhor do que confiar a um profissional qualificado a análise do caso da sua Startup.

A busca pela melhor combinação entre esses quatro itens sem a experiência no mercado, pode induzir ao erro. Por isso, basta consultar um especialista em contabilidade capaz de analisar os melhores cenários para a sua Startup. Em um ambiente arriscado para o investidor, fazer tudo dentro dos conformes e do que versa a lei é fundamental para ter credibilidade no mercado.

 

#2 O endereço: lugar nenhum?

O ambiente colaborativo do coworking abraça as Startups como nenhum outro. Primeiramente, porque entregam o melhor custo-benefício. E, em segundo lugar, porque permitem o trabalho colaborativo, em ambientes compartilhados e já estruturados para receber a nova empresa. Em terceiro, outras Startups dividem a mesma estrutura, o que pode representar possibilidades de parcerias e negócios. Mas qual é o ponto negativo disso tudo? O endereço que será declarado como sede da empresa.

Para ser aberta, a empresa precisa informar ao Governo um local de referência, em que possa receber, desde correspondências a intimações, por exemplo, até emitir documentos. Geralmente, esse lugar é o endereço de algum dos sócios. Hoje, tem se tornado factível informar endereços de escritórios virtuais, que funcionam como aluguéis de domínio fiscal. Essa terceirização e virtualização do escritório faz com que que o endereço físico possa ser o mesmo para várias Startups. Mas se você tem dúvidas sobre complicações que isso possa gerar, é melhor consultar um especialista contábil, que poderá fazer a melhor avaliação.

 

#3 O mundo digital: mais facilidade para a Startup

O berço da Startup é a tecnologia. O mundo digital tornou-se o espaço onde essas empresas inovadoras se sentem mais à vontade. Nessa lógica tudo acontece rapidamente e com agilidade, inclusive o crescimento. No entanto, sem a assistência certa, nem sempre a sua Startup está preparada para documentar essa trajetória. Imagine uma loja virtual. Agora pense que a NFe para ecommerce pode ser o registro que faltava para ter todo o histórico do negócio.

Sem história não há investimentos. Grandes fundos de investimento como a Inova Capital e a Trust e outros investidores Anjos (aqueles que podem ser pessoa física ou jurídica, mas que não se tornam sócios da empresa por investir nela) não vão arriscar dinheiro em uma Startup que não se conhece.

Fazer uma boa gestão dos documentos fiscais recebidos e emitidos pela Startup, desde o início de sua trajetória, pode ajudar a comprovar o crescimento e ser o passaporte para a abertura aos grandes investidores. É assim que um negócio inovador chega à bolsa de valores, mostrando solidez desde o princípio. Essa consciência de que o negócio precisa cultivar a maturidade leva ao entendimento da importância que profissionais de contabilidade têm nessa história toda.

Com a ajuda deste guia e o auxílio de profissionais qualificados, a abertura e gestão de Startup ganha a solidez que precisa para se tornar um negócio lucrativo. Você cuida do mundo digital e das ideias inovadoras, e a NTW zela pela saúde financeira e pela história da sua Startup.

 

Coordenado por:

Antônio Fraga – Diretor Executivo da Unidade NTW Belo Horizonte – Barro Preto

Alysson Oliveira – Diretor Executivo da Unidade NTW Fortaleza